Por Wilson Gotardello Filho - Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios - Edição Junho/2010
Vamos aos fatos: 1) Atualmente, só cinco países concentram metade dos usuários de internet em todo o mundo. O Brasil está entre eles. São 67,5 milhões de pessoas com mais de 16 anos que acessam a rede em suas casas, no trabalho, nas escolas, em lan houses, bibliotecas e telecentros. Destas, 17,6 milhões consumiram produtos e serviços pela rede no ano passado — um aumento de 33% em apenas um ano. 2) Até o fim de 2010, a previsão é de que 23 milhões de internautas comprem na rede. É um crescimento excepcional. Cinco anos atrás, os e-clientes não passavam de cinco milhões. 3) Em 2009, o varejo eletrônico no país teve alta de 30%, e o tíquete médio foi de R$335,00 4) O número de usuários de redes sociais cresceu 32% no ano passado. Nesse mesmo período, a quantidade de pessoas que se relacionaram dessa forma na web no mundo ultrapassou o número daquelas que preferiram emails: cerca de 860 milhões contra 800 milhões. 5) O tempo gasto pelas pessoas nas redes sociais é bem maior do que lendo suas mensagens eletrônicas: cerca de 200 minutos por mês contra 125 minutos. 6) A receita de publicidade gerada na rede em 2009 teve alta de 35%. Foi de R$ 950,4 milhões. 7) Neste ano, espera-se que o faturamento na rede no país alcance notáveis R$ 13,6 bilhões.
Fatos e números em ebulição não deixam dúvida: o país vive hoje um excelente momento para a abertura de negócios virtuais. A distância até o sucesso, no entanto, não é de apenas um clique.
Não é tão simples como parece! Quais são os riscos? A tecnologia tem suas particularidades. Um empresário que se dá bem no varejo, por exemplo, nem sempre obtém sucesso no ambiente virtual. Existem hoje muitas oportunidades, mas também muitos riscos”, alerta o consultor Gastão Mattos, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-net). Pesquisa conduzida pela entidade em vários estados brasileiros há dois anos mostrou que, do total de empreendimentos abertos naquela época, apenas um terço estava em funcionamento um ano depois. As principais falhas que levaram à morte dessas empresas foram consecutivos erros no planejamento, em marketing, tecnologia apropriada, meios de pagamento e logística.
Atividades que vem dando certo São 3 áreas: e-commerce, portais de informação e redes sociais. Todos admitem ter cometido erros em alguma daquelas frentes. As sócias Daniela Buono, 36 anos, Kátia Raele, 34, Roberta Macinkolski, 36, criadoras do recém-lançado sitewww.ciadasmaes.com.br, de roupas e móveis para bebês, confessam ter subestimado um fator básico para o sucesso: a qualidade das fotos. Se elas estivessem em um ambiente real, em um comércio de rua, seria o equivalente a não atentar para a arrumação das vitrines e da fachada da loja. A empolgação com o negócio também traiu o empresário Jorge Nahas, 30 anos, dono do www.omelhordavida.com.br: “Me precipitei na hora de escolher a agência que criou o nosso site e enfrentei muita dor de cabeça antes de tudo entrar nos eixos”, diz.
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